sábado, 7 de abril de 2018

Annie West

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Amor Único




O segredo que ela escondeu…

Arden Wills ficou surpresa ao reencontrar o primeiro e único homem que já amou, o sheik Idris Baddour.

Contudo, agora que teve de assumir o trono, ele tem muitas responsabilidades e deveres.

Por isso, ela decide continuar escondendo seu precioso segredo.
Porém, nem mesmo o tempo foi capaz de apagar o intenso desejo que sentem um pelo outro.
E quando o beijo inesquecível que trocaram é divulgado por todo o mundo, a verdade é revelada: Arden tivera um filho de Idris. Para evitar um escândalo ainda maior, ele precisa legitimar seu herdeiro, transformando a bela Arden em sua rainha do deserto.

Capítulo Um

— Quero ser o primeiro a congratulá-lo, primo. Que você e sua princesa sejam muitos felizes.
Hamid estava tão radiante, que Idris deu um raro sorriso. Podiam não ser próximos, mas ele sentira falta do primo mais velho, depois que cada um seguira seu caminho. Idris em Zahrat, e Hamid, como professor, na Inglaterra.
— Ela ainda não é minha princesa, Hamid — disse Idris baixo, sabendo que, em meio às conversas de centenas de VIPs, haveria ouvidos ávidos por notícias sobre o casamento.
Por detrás dos óculos sem aro, os olhos de Hamid se arregalaram.
— Eu disse o que não devia? Ouvi dizer...
— Ouviu corretamente. — Idris abafou um suspiro. Toda vez que pensava no casamento, sentia-se acorrentado.
Ninguém o forçara. Ele era o sheik Idris Baddour, governante supremo de Zahrat, protetor dos fracos, defensor da nação. Sua palavra era lei em seu país, assim como na suntuosa embaixada, em Londres.
Mas ele não escolhera casar. O casamento era uma aliança necessária para garantir a linha de sucessão e provar que, apesar de defender reformas, ele respeitava a tradição de seu povo. Muitas coisas dependiam daquela união.
Fora difícil implementar mudanças em Zahrat. Conformar-se com um casamento tradicional apaziguaria os que ainda combatiam suas reformas. Quando ele assumira o governo, aos 26 anos, todos o tinham visto como um jovem imaturo. Depois de quatro anos, haviam mudado de ideia, mas era inegável que o casamento lhe daria o que uma liderança firme e a diplomacia não tinham conseguido.
— Ainda não é oficial — disse Idris a Hamid. — Você sabe como essas negociações são demoradas.
— Você é um homem de sorte. A princesa Ghizlan é bonita e inteligente. Será a esposa perfeita para você.
Idris olhou para a mulher cercada de admiradores, ali perto. Resplandecente no longo vestido vermelho que delineava suas curvas perfeitas, ela era a fantasia de qualquer homem. Somando-se a isso o seu perfeito entendimento da política do Oriente Médio e o seu charme, ele reconhecia ser um homem de sorte.
Mas não se sentia como um.
Nem mesmo a ideia de possuir aquele corpo sedutor o animava.
O que isso dizia sobre a sua libido?
Longas horas negociando a paz com dois países vizinhos. Inúmeras noites planejando estratégias para implementar reformas no país, que ainda tentava alcançar o século XXI.
E, antes disso, vários relacionamentos casuais com mulheres agradáveis, mas sem importância.
— Obrigado, Hamid. Com certeza, ela será. — Como filha de um governante vizinho, um instrumento para manter a paz e como mãe de seus filhos, Ghizlan seria valiosa. Ter herdeiros seria uma garantia de que seu país não voltaria ao caos que se instalara, quando seu tio morrera.
Idris pensou que talvez a sua falta de entusiasmo acabasse quando ele e Ghizlan estivessem dividindo o mesmo leito. Tentou imaginar seu cabelo negro espalhado sobre o travesseiro, mas só conseguia ver a imagem de cabelo ondulado da cor do sol ao amanhecer.
— Você deve ir à cerimônia. Será ótimo saber que você esteve lá, e não enterrado nesse lugar frio e acinzentado.
Hamid sorriu.
— Isso é preconceito. A Inglaterra tem seus encantos.
— Claro, é um país admirável. — Idris olhou ao redor, lembrando-se de que poderiam ouvi-los.
— Tem coisas que valem a pena — disse Hamid, abaixando ainda mais a voz. — Inclusive uma mulher muito especial, que eu quero que você conheça.
Idris arregalou os olhos. Hamid namorando a sério?

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Um classico para matar saudades.Bjo

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