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terça-feira, 21 de novembro de 2017

Debra Lee Brown

Trilogia Mackintosh

Livro 1-A Noiva da Primavera

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Capítulo Um 
Highlands, norte da Escócia, 1208.
A jovem loira piscou na direção de Gilchrist e esporeou o cavalo, floresta adentro.
— Mulherzinha à-toa...
— Homem de Deus!
— Hugh ralhou. 
— Se não quer ser amigável com a moça, pelo menos poderia ser civilizado.
— E para quê? — Gilchrist desafiou-o.
— O senhor é um Lorde, e não devia permitir que seu mau humor afaste nossas mulheres.
Gilchrist baixou a cabeça, pois seu corcel passava debaixo de um galho pendente.
— Sim, Hugh, sou um Lorde, segundo os conselheiros anciãos. 
Porém, sou um Mackintosh, e o clã jamais me aceitará.
Hugh cutucou sua montaria e chegou mais perto.
— O senhor também é um Davidson. Sua mãe nasceu e foi criada nestas terras, e milorde também foi educado aqui.
Gilchrist virou-se na sela e fitou os guerreiros Davidson, que trotavam atrás deles, em formação cerrada. Poucos o encararam. A maioria desviou o olhar ou fingiu conferir a espada.
Afinal, ele seria um Davidson ou um Mackintosh?
Naquele dia, Gilchrist sentia mais dor, O tecido rústico da manta xadrez de caça queimava-lhe a pele, mesmo sobre a lã macia de sua camisa. Teve vontade de rasgar o traje e deixar o vento esfriar seu corpo. Mas não ousou fazer isso. Não suportaria os olhares de asco e piedade dos que o acompanhavam.
— Vamos? — Hugh apontou a clareira à frente.
Gilchrist cerrou as pálpebras e respirou fundo. Pôde sentir o cheiro de chuva no ar frio e ameaçador. Quase sorriu.
Nisso, um aroma acre e conhecido trouxe-o de volta à realidade. Ergueu as pálpebras.
Ali estavam os restos carbonizados de Braedún Lodge, o berço do clã dos Davidson, o único lar de que se recordava. 
Antes, era uma habitação enorme, sempre repleta de risos e acontecimentos festivos. Quantas vezes chegara àquele pátio, na volta de uma caçada ou de um encontro amoroso e fora saudado por seu tio, em pé à soleira?
Gilchrist franziu o cenho e tratou de esquecer.
— Como é, milorde, o senhor vem ou não?
Desde o incêndio, seis meses atrás, Gilchrist não voltara ao local do sinistro. Algumas vezes passara ao largo, e em uma delas até se aproximara.
Mas desistira por causa do odor fétido de carvalho queimado e pelos fatos que não desejava recordar. Mesmo naquele momento, sentia engulhos.
— Não, não posso, Hugh.
Os doze cavaleiros que os acompanhavam os ultrapassaram.
— Aquilo não passa de um monte de madeira queimada, milorde. Gilchrist, as recordações penosas estão apenas em seu coração.
— Pode ser...
— O senhor é um lorde, repito. Afaste-as, homem! 
Há muito trabalho a ser feito, e o clã precisa de um chefe, não de um...
— Um o quê? Um aleijado? — Gilchrist tirou a mão direita de baixo da manta xadrez e ergueu-a, devagar. Sem pressa, abriu os dedos queimados e encurvados, cerrou os dentes por causa do sofrimento causado e agarrou o antebraço de Hugh.
— Um monstro? 


Livro 2-Um Amor de Infancia

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Audaciosa, corajosa ao extremo e… linda!

Ian Mackintosh, o determinado chefe de um clã arruinado, não suspeitava que Alena, a misteriosa mulher que fazia seu sangue ferver, fosse a mesma garota que ele amara e perdera na infância… E que também guardava a chave de seu futuro!
O violento noivado de Alena e o casamento de Ian com outra mulher mostrou que eles, por mais que quisessem, nunca poderiam ficar juntos… 
Porém Alena sabia que, o coração de Ian batia tão forte quanto o dela quando eles se viam. Ainda assim, um grande medo a consumia quando pensava no futuro dos dois… porque Ian Mackintosh, sua alma gêmea, jurara entrar em guerra contra o clã de Alena, colocando-a em uma situação de perigo tão grande quanto o amor de ambos!

Prólogo

Highlands, Escócia, 1192
A menina prendeu o pônei em uma árvore e seguiu a pé pela floresta. Escondida pelas sombras, teve uma impressão sinistra. Aquilo era muito diferente do agradável lugar onde ela e Ian passaram tantas tardes, deitados à beira do riacho, deliciando-se com os raios de sol.
Caminhava com cautela por entre os galhos caídos e as folhas secas, dissimulando sua aproximação. Um certo temor apossou-se de seu corpo assim que se abaixou para afastar os arbustos, que pareciam sentinelas na entrada do matagal.
Ele estava lá! E a salvo!
Avistou Ian estendido na beirada da água, quieto, com sua manta xadrez envolvendo-o de maneira displicente. Sentindo um misto de medo e alívio, a garota se ajoelhou ao lado dele. O belo rosto, tão sereno durante o sono, aparentava cansaço, mostrando manchas de sujeira e sangue.
Os horrores da véspera voltaram-lhe à memória, e seu coração disparou. Lutando contra as lágrimas, ela fixou o olhar na imagem cinzelada no broche de prata com o brasão do clã: um gato apoiado nas patas traseiras, com dentes e garras prontos para o ataque.
O animal era como aquele menino, destemido e corajoso, porém com um comportamento bem diferente. Ian era gentil, o oposto de todos os rapazinhos que conhecia. Seguindo seus instintos, alisou-lhe as sobrancelhas com a ponta dos dedos.
— Mackintosh! Às armas!
Com a agilidade de um felino, Ian se levantou depressa, quase a derrubando. Só relaxou quando seus olhos selvagens encontraram os dela.
— Você se machucou? — A garota apontou para a manta manchada.
— Não! Não deveria estar aqui, ouviu?! — gritou ele, magoando-a com sua reprimenda.
Ela queria confortá-lo, mas não sabia como.
— Eu vim assim que soube.
— Meu pai está morto — declarou Ian, com o rosto marcado pela dor. — Foi assassinado pelos Grant. Não fui capaz de salvá-lo. Tentei, mas não adiantou.
O pranto escorria pelo rosto sujo, e ele cerrou os punhos.
A amiga tomou-lhe as mãos entre as suas. Surpreendendo-a, Ian não fez nada para evitar. Abriu as palmas e a encarou.
A garota se emocionou com a demonstração de confiança, da pequena aceitação de seu amor, embora achasse que seu coração se despedaçaria a qualquer momento, em virtude do sofrimento de seu amado.
— Ian… — começou ela, sabendo que precisaria ter muita cautela naquele momento. — Seu pai matou o filho de Grant, Henry. Muitos testemunharam a tragédia.
— Não! — Ele se ajoelhou, abraçando-a. — É mentira! Deve ser algum tipo de armação! John Grant era amigo de meu pai. Jamais faria alguma coisa contra o filho de um amigo. Jamais!
Durante um instante, Ian a abraçou com tanta força que a pequena achou que teria alguma costela trincada. Respirou fundo e ordenou suas emoções, sabendo que não tinha tempo a perder. Dentro em breve, o dia nasceria sua ausência seria notada. Era muito perigoso estar ali com Ian. Se alguém os encontrasse juntos…


Livro 3-Vencidos pelo Amor

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A sede de aventuras corria em suas veias... mas não em seu coração!

Escócia, século XIII.

Conall Mackintosh tinha uma queda por mulheres bonitas e era apaixonado por viagens. 
Mas quando seu irmão mais velho lhe propôs a missão de selar uma barganha com o clã Dunbar, o aventureiro malandro não pôde se negar nem recusar a recompensa que receberia por um trabalho bem-feito.
Nas praias de Loch Drurie. Conall deparou-se com o líder dos Dunbar: uma jovem insolente, com cabelos vermelhos e alvoroçadoa. Ao contrário do que ele pensava, Mairi Dunbar não era uma tola pretensiosa, incapaz de fazer um acordo com o clã Mackintosh.
Embora ansioso para se pôr a caminho, Com Conall sentia-se de certa forma incomodado pela ousadia e determinação de Mairi. E percebeu que bastava fitar os olhos daquela mulher para seu coração se descompassar como jamais havia acontecido antes!

Capítulo Um

Região montanhosa da Escócia, 1213
Conall Mackintosh odiava água.
Talvez fosse por causa da malfadada viagem marítima, à qual mal havia sobrevivido no ano anterior, ou da lembrança das muitas vezes em que havia caído no tanque de água para cavalos. Fosse qual fosse o motivo, ele tinha um mau pressentimento sobre a proposta do irmão.
— Por que eu e não Gilchrist? Ele vive dentro de riachos — Conall indagou ao dirigir um olhar aborrecido a Iain.
— Você sabe muito bem que o clã dele não pode dispensá-lo para executar tal tarefa. Nem o nosso pode ficar sem mim. Portanto, sobra você.
Conall praguejou por entre os dentes.
— Negocie os termos com os Dunbar, construa as docas e deixe tudo pronto para os primeiros barcos de mercadoria — Iain explicou como se Conall houvesse concordado.
Barcos e docas. Um arrepio percorreu-lhe a pele só de ouvir a menção dessas coisas.
— Ora, com o que você está preocupado? — Iain indagou. —Você não vai enfrentar o oceano ocidental e sim um lago. Terá terminado tudo e partido para onde o diabo o chama desta vez, muito antes da chegada do inverno.
— Vou a Glenmore. Caçar com o primo de sua mulher. É muito fácil para você falar aqui de casa — Conall reclamou enquanto olhava para o Castelo de Findhorn, morada do clã Mackintosh e onde haviam nascido.
— Ah, o aventureiro está cansado de seu estilo de vida, não é?
— Não foi isso que eu quis dizer.
— O que você afirmou, na primavera, quando os MacBain lhe propuseram um casamento?
Saint Columba, não esse assunto outra vez.
— Não tenho inclinação para sossegar e me estabelecer. Prefiro viagens, aventuras, foi o que você disse.
Conall revirou os olhos ao ouvir a imitação perfeita, mas incômoda, de Iain de sua maneira de se expressar.
— Pois então, mano, estou lhe oferecendo a maior aventura de uma vida inteira.
O latido profundo de Júpiter soou atrás deles, fora da ameia de pedra, onde se encontravam, acima do pátio cercado pela muralha externa do castelo.
— Ouviu? Até seu companheiro sujo concorda comigo — disse Iain.
Conall olhou para o mastim e resmungou:
— Traidor.
— Ora, tenha paciência — Iain protestou com a expressão séria e bem conhecida de Conall.
Aí vem o sermão, disse a si mesmo preparando-se para ouvir a admoestação inevitável.
— Você é o terceiro filho e, como tal, só conta com um mínimo para começar a vida por conta própria. Terá sempre um lugar aqui conosco, em Findhorn, ou em Monadhlíath com Gilchrist, mas...
— Uma vida doméstica enfadonha não me agrada? Pois é a mais pura verdade.
Iain fechou os olhos, respirou fundo e exalou o ar bem devagar.
Conall divertiu-se em observar o irmão contar até dez.
— Hum? Você dizia?
— Eu dizia que você já viajou bastante por este mundo afora. Será que não pode ficar um pouco aqui a fim de fazer isso por nós? Pelos Chattan?



Debra Lee Brown

A Deusa de Gelo-Livro único








Derretendo um coração de gelo...

Escócia, 1206

George Grant, chefe de um clã da Escócia, foi o único sobrevivente de um naufrágio. Ao acordar em uma ilha gelada e estranha, sentiu-se subitamente apreensivo, pois teria de dar um jeito de voltar logo para casa e cumprir seu dever: casar com a bonita e elegante noiva escolhida pelo rei da Escócia.Mas ao conhecer a mulher de quem se tornara prisioneiro, uma viking destemida, forte e obstinada, seus planos mudaram!
Rika era tão fria e dura quanto os braceletes de metal trabalhados que lhe cobriam os pulsos. No entanto, o rubor de sua face negava seu exterior gélido.
Ela precisava de um marido guerreiro para reivindicar seu dote com o qual pretendia comprar a liberdade do irmão, e George parecia ser o homem ideal para isto!

Capítulo Um

Ilhas Shetland, 1206George estava sonhando. Sim, era essa a explicação para o que estava acontecendo.
Os olhos ardiam por causa da areia e do sal. A água gelada corria sobre seu corpo enregelando-lhe os ossos. Já não sentia as pernas. Se pelo menos pudesse fazer algum movimento ou gritar.
— Ele é perfeito — uma voz feminina sussurrou bem perto do seu ouvido.
Ele sentiu um dedo macio passando ao redor do seu queixo.
— Aposto que ele está completamente morto. — A voz grossa era agora, evidentemente masculina e tinha um sotaque muito estranho.
Com esforço George entreabriu os olhos para a claridade do amanhecer e tentou focalizá-los nas pessoas que estavam falando.
— Que aposta infeliz a sua, Legislador. Veja, ele está acordando — tornou a voz feminina.
Não, ele não estava sonhando. Estava morto. Só podia estar.
A visão que parecia flutuar acima dele era suficiente para convencê-lo de que não se encontrava entre os mortais. É claro que ele já ouvira falar sobre mulheres como aquela que no momento olhava para ele com atenção. Os navegantes dinamarqueses que iam a Inverness para negociar reuniam-se ao redor de fogueiras nos acampamentos e contavam lendas de sua terra. Mas ele era cristão e não acreditava naquelas histórias.
No entanto, ali estava ela. Podia vê-la perfeitamen¬te, acima dele, observando-o, esperando.
— Valquíria — George murmurou.
A visão franziu a testa e estreitou os pálidos e frios olhos azuis que continuavam fixos nele.
— Você tem razão — a voz masculina disse de algum lugar, no limite da consciência dele. — Ele não está morto, é apenas maluco.
Oh, ele estava morto, sem dúvida. Se não estivesse, como explicar a presença daquela criatura?
Ela analisava-o atentamente. Tinha duas grossas trancas loiras e sedosas, presas com argolas de bronze trabalhado, caídas sobre o colo nu. Usava um elmo, como o de um guerreiro, e túnica longa de cota de malha de ferro. O elmo era ornado com relevos estranhos, semelhantes às letras rúnicas que ele já vira nas pedras muito antigas que se erguiam perto da baía de Firth.
Apesar do traje e da expressão severa e perspicaz, ele não teve dúvida de que ela era uma mulher. Isso era revelado nas maçãs do rosto coradas e nos lábios cheios e vermelhos.
O homem deitado passou lentamente o olhar pela curva do pescoço dela e pelos ombros estreitos. Os bra¬ços nus eram bronzeados e adornados com mais argolas de metal trabalhado, iguais as que lhe prendiam as tranças. A cada movimento respiratório o peito dela erguia-se sob a cota de malha.
— Eu estou... em — ele começou a falar com dificuldade, a voz grossa e áspera. — Aqui é...
Ele tossiu, sentindo a água salgada raspar-lhe a gar¬ganta. Notou o olhar penetrante da Valquíria e completou a pergunta:
— Aqui é Valhalla?
O som de risadas de homens perturbou a melancólica harmonia do crocitar das andorinhas-do-mar e dos cormorões.
— Este é, provavelmente, o lugar mais distante de Valhalla — respondeu a Valquíria. — Aqui é Frideray. Fair Isle.
Ele sentiu a cabeça girando e um súbito enjôo.
— Mas... então... — George tentou sentar-se e recebeu um forte empurrão da Valquíria, que o derrubou na areia novamente.
Uma onda de água gelada cobriu-lhe as pernas e ele começou a tremer.
— Quem... são vocês?— Sou Ulrika, filha de Fritha. Ou apenas Rika.

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Olá
Essa autora nos traz sempre trabalhos com conteúdo de época...e vou te falar que até quem não gosta de romances históricos irá amar tudo que a Debra escreve.Bjo
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